29/04/2015 - G1
Piso de R$ 1.850 sugerido pela Justiça foi aprovado por trabalhadores.
Greve já dura mais de 20 dias; empresa não se manifesta sobre proposta.
Do G1 Vale do Paraíba e Região
Chery em Jacareí (Foto: Divulgação/Chery)
Nesta quinta-feira (30), representantes da montadora Chery e do Sindicato dos Metalúrgicos vão se reunir para uma nova audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Campinas (SP). O encontro anterior, há uma semana, terminou sem acordo. A greve dos trabalhadores da empresa dura mais de 20 dias.
O sindicato reivindica que a empresa assine uma convenção coletiva, equiparando salários e direitos trabalhistas praticados por outras montadoras do Vale do Paraíba, onde a multinacional chinesa iniciou as operações neste ano. O piso salarial na General Motors, por exemplo, é de R$ 3,5 mil.
Atualmente, a Chery paga o piso de R$ 1.199 aos operários e, antes de ir ao TRT, ofereceu reajuste que elevaria para R$ 1,4 mil os salários, com dissídio em setembro. A tentativa de acordo foi recusada pelo sindicato, que pede que os salários sejam elevados para R$ 2,5 mil.
Na última audiência no TRT, a empresa ofereceu piso para iniciantes de R$ 1.732,55, com reajuste de 5% em setembro. Para os demais cargos de produção, o reajuste seria de 10%, acrescido de 5% no segundo semestre. A montadora quer ainda a compensação dos dias parados.
A nova proposta também foi recusada pelo sindicato, que quer ainda o pagamento integral dos dias parados e estabilidade de 120 dias para os trabalhadores após o retorno às atividades.
Assembleia
Por conta do impasse, o TRT sugeriu então um piso de R$ 1.850, considerado desde o último dia 1º. Este valor foi aprovado pelos trabalhadores da Chery em uma assembleia, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos.
A assessoria de imprensa da Chery informou que a proposta do TRT foi avaliada pela matriz na montadora, mas só apresentará um novo posicionamento durante a audiência em Campinas.
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